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Assassinato de mulher grávida deixa população manauara estarrecida

Policiais civis do Amazonas e do Pará prenderam Gil Romero Machado, principal suspeito de matar a jovem Débora da Silva Alves, 18 anos. Ela teve o corpo queimado


Assassinato de mulher grávida
Gil Romero é suspeito de assassinar a jovem Débora da Silva Alves, de 18 anos, que estava grávida de oito meses. Ele foi preso no Pará, onde estava foragido



Manaus – A população manauara ainda está estarrecida com o assassinato de uma mulher grávida de oito meses, no bairro Mauazinho, zona leste de Manaus. Ontem, as polícias Civil do Amazonas e do Pará prenderam Gil Romero Machado, 41, apontado como o principal suspeito do feminicídio tendo como vítima a jovem Débora da Silva Alves, 18, crime que repercutiu entre políticos, lideranças empresariais e na sociedade em geral.

Romero chegou a Manaus escoltado pela Polícia Civil. Ele veio de avião da cidade de Curuá, região oeste paraense, onde estava foragido. O acusado prestou depoimento à Delegacia da Polícia Civil do Amazonas.

Segundo a delegada Déborah Barreiros, adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros, Romero afirmou aos policiais civis do Pará que deu R$ 500 para José Nilson (preso no último dia 4 de agosto) e um comparsa, ainda não identificado, darem ‘um corretivo’ na vítima dentro da usina onde trabalhava como segurança. Ele nega, em um primeiro momento, que tenha matado a grávida.

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De acordo com a delegada, Gil e José relatam histórias contraditórias. “Ainda vamos ouvir Gil Romero na delegacia”, disse. Segundo o delegado-geral da PCAM, Bruno Fraga, as investigações do caso continuam. “O autor empreendeu fuga por alguns municípios do Estado do Pará. A DEHS estava desde sábado no Pará com apoio da Polícia Civil do Pará”, comentou Fraga, que classificou o crime como bárbaro.

“A população do Amazonas e a do Pará fizeram muitas denúncias, além do setor de inteligência que trabalhou no caso. Esse bárbaro crime chocou toda a nossa sociedade. Ainda temos lacunas sobre o que aconteceu com a criança”, informou Cunha.

Ainda conforme Cunha, a mulher de Gil Romero, Ana Júlia teve a prisão temporária decretada e está foragida por ter mentido no depoimento na DEHS, na zona leste.

Repercussão do caso em Manaus

A procuradora da Mulher da Assembleia Legislativa do Amazonas deputada estadual Alessandra Campelo, participou na coletiva de imprensa sobre o caso e elogiou o trabalho da Polícia Civil.

“Estamos chocados, essa moça já tinha sofrido uma agressão e uma tentativa de aborto. Os amigos sabiam e poderiam ter evitado o feminicídio”, frisou.

Gil Romero desembarcou na tarde de quarta-feira (9), por volta das 17h30, no segundo terminal do Aeroporto Internacional de Manaus – Eduardo Gomes, conhecido como ‘Eduardinho’, localizado no bairro Tarumã, zona oeste da cidade. 

Ele estava desaparecido desde o dia do crime, no dia 29 de julho. José Nilson Azevedo da Silva, conhecido como ‘Nego’ ou ‘Neguinho’, foi preso no último dia 4 de agosto, por envolvimento no crime. 

Em depoimento, ‘Neguinho’ informou que ajudou a colocar o corpo da jovem em um tonel preto.Segundo o suspeito, ao chegar para ajudar Gil Romero, encontrou o corpo da jovem todo ensanguentado no banco do passageiro.

‘Neguinho’ revelou que o inspetor do trabalho de Gil Romero, que era segurança da Usina no bairro Mauazinho, chegou ao local e ele precisou se esconder, e depois ajudou a atear fogo no corpo de Debora no camburão. Ela foi encontrada em estado de decomposição pela polícia, após ‘Neguinho’ levar os policiais do DEHS ao local de crime, segundo as investigações.

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