Premiar por apreensão de fuzil suscita polêmica no País
Governo do Rio de Janeiro promete dar R$ 5 mil para cada arma apreendida pelas polícias Civil e Militar. Especialistas estão divididos na apreciação da proposta
Da redação – O Rio de Janeiro propõe outra medida polêmica para frear a violência. Agora, o governo carioca promete gratificar com R$ 5 mil para cada fuzil apreendido durante as operações da polícia.
Porém, especialista em segurança pública veem com ressalvas a decisão de recompensar policiais civis e militares por apreensão de fuzis. O decreto foi publicado na segunda-feira 21. Policial que estiver afastado disciplinarmente das funções ficará impedido de ser contemplado com a premiação, enquanto durar o seu afastamento, define a medida.
A proposta também recebeu avaliações positivas. “Toda iniciativa de tirar arma de circulação é boa, mas para que fuzil não seja usado por bandido para matar, é importante que o governo combata a venda destas armas por parte da banda podre para os bandidos.
O fuzil sem munição é tacape, não mata ninguém, portanto o governo do Estado em parceria com o governo federal tem que trabalhar duro para que o tráfico de munição seja combatido”, avalia Antônio Carlos Costa, fundador da ONG Rio de Paz.
Gratificação por resultado
Para o antropólogo Paulo Storani, capitão veterano do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), a nova política é uma gratificação por resultado que “estimula o trabalhador policial que corre riscos todos os dias”.
Storani, que foi consultor do filme Tropa de Elite, que levou para o cinema o combate ao crime organizado no Estado e trata da corrupção na polícia, considera que o decreto corrige erros do passado, “quando os fuzis apreendidos eram apresentados de forma fracionada para se obter pagamentos diferenciados por cada apresentação”.
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