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Cai o número de vagas no mercado formal do Amazonas

Segundo o Caged, a redução atingiu 0,45% em junho em comparação ao mês anterior. Ministério do Trabalho atribui aumento do desemprego a juros altos

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 Mercado de vagas formais de trabalho
Número de empregados caiu em junho no Amazonas, segundo os dados do Caged divulgados ontem

O mercado de vagas formais de trabalho do Amazonas ainda não registra o mesmo fôlego de anos anteriores. Segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados e Desempregos), a economia do Estado gerou 2.181 novos postos com carteira assinada em junho e o salário médio na região caiu 2,31% com relação ao mês anterior.

Os dados foram divulgados ontem, representando o saldo líquido (contratações menos demissões) da geração de empregos formais.

Mercado de vagas formais de trabalho é o saldo entre 20.129 contratações e 17.948 demissões.

Houve uma queda de 0,45% com relação ao mês anterior. O estoque de empregos no Estado é de 483.110. A construção e a indústria foram responsáveis pela maior parte dos novos empregos em junho.

De maio para junho, o salário médio no Amazonas caiu de R$ 1.760,89 para R$ 1.720,24. E registrou queda de 2,68% com relação a junho de 2022, quando chegou a R$ 1.767,62.

Ainda segundo o Caged, a economia brasileira gerou 157,1 mil postos de trabalho com carteira assinada em junho. O número representa queda de 44,8% em relação ao mesmo mês no ano passado, quando foram registrados 285 mil postos.

Leve alta em relação ao mês de maio, que teve saldo de 155,1 postos de trabalho.

Nos seis primeiros meses do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a economia gerou 1,023 milhão de empregos formais.

No 1º semestre, o saldo foi de 1.023.540 empregos formais – é o pior desempenho para o período desde 2020, o 1º ano da pandemia de Covid-19. Caiu 26,3% em comparação com o mesmo período do ano passado. O setor de serviços foi o que mais empregou de janeiro a junho, com saldo de 599.454. Todos os outros setores tiveram resultado positivo no 1º semestre: construção (169.531), indústria (135.361), agropecuária (86.837) e comércio (32.367). Segundo o governo, junho registrou 602.804 pedidos de seguro desemprego, uma alta de 11,7% em comparação com o mesmo mês do ano passado.

Juros altos

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que, se não fosse o comportamento “inadequado” do Banco Central, o País teria criado 1,2 milhão de empregos formais no 1º semestre.

Marinho declarou que tem “um item” na política econômica que atrapalha o bom desempenho, que é a taxa básica, a Selic, hoje em 13,75% ao ano. Ele afirmou que os juros altos atrapalharam a criação de empregos.

Em junho, segundo o ministro, a economia poderia ter gerado 200 mil novos postos de trabalho a mais, em vez dos 157 mil registrados. “Não fosse o comportamento inadequado do Banco Central, poderia ser, no mínimo, 189 mil em maio”, afirmou.

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