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Bancos se voltam para explorar potencialidades da Amazônia

São pelo menos R$ 4,5 bilhões em novos investimentos de vários países para a exploração de projetos sustentáveis e ambientalmente corretos na região


potencialidade de alavancar economia com projetos sustentávies
Rica biodiversidade amazônica tem amplas potencialidades de alavancar economia como projetos sustentáveis, preservando a natureza



Realmente, a rica biodiversidade amazônica está sob os holofotes do mundo. E não é à atoa tanto interesse pelas riquezas em sua superfície e em seu subsolo, capazes de alimentar a economia mundial.

Ontem, 19 bancos públicos de desenvolvimento de países amazônicos firmaram acordo na Cúpula da Amazônia para oferecer R$ 4,5 bilhões em financiamento para negócios considerados sustentáveis ambientalmente na região amazônica.

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) assinaram carta de intenções lançando a Coalizão Verde, com objetivo de implementar o Pró-Amazônia (Programa de Acesso ao Crédito para Micro, Pequenas e Médias Empresas e Pequenos Empreendedores).

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, informou que a parceria uniu 19 bancos públicos de toda a bacia amazônica.

Segundo Mercadante, o objetivo é proporcionar crédito mais comprometido com a “geração de emprego, renda e alternativas para uma economia sustentável, criativa, de inovação e uma economia que mantenha a floresta em pé”. Mercadante disse que, para manter a floresta em pé, é preciso gerar pesquisa e produtos que desenvolvam uma bioeconomia.

Antes de o crédito começar a ser ofertado, o programa precisa ser aprovado pela Cofiex (Comissão de Financiamentos Externos), ligada ao Executivo, e pelo Senado Federal. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse esperar que o processo seja rápido e prometeu dar transparência às operações.

Prazo para início dos projetos

“Até final de setembro, no mais tardar no início de outubro, nós teremos o portal da transparência desses projetos. Qualquer cidadão, a imprensa e a sociedade civil vão poder entrar no sistema”, prometeu a ministra. Ela acrescentou que um dos objetivos é acabar com a polarização entre meio ambiente e desenvolvimento. “O que nós queremos e conseguimos garantir é desenvolvimento sustentável”, concluiu.

Presente à cerimônia de assinatura do acordo em Belém, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que mudar o modelo de desenvolvimento “não é fácil” e defendeu que não se façam investimentos “que destruam os serviços ecossistêmicos”.

“Nós temos que reduzir o desmatamento, não com ação de comando e controle [operações policiais contra o desmatamento], mas com ações de desenvolvimento sustentável. A Amazônia tem lugar para todas as atividades. Tem lugar para o agronegócio de base sustentável. Tem lugar para o turismo, tem lugar para o extrativismo, tem lugar para os povos indígenas, tem lugar para bioeconomia”, afirmou Marina.

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