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Tabatinga está infestada de traficantes

Traficantes espalham o pânico em cidade do Amazonas

Tabatinga fica na tríplice fronteira, que reúne ainda as cidades de
Benjamin Constant (lado brasileiro), Petrópolis e Islândia (Peru) e Letícia (colômbia)

O prefeito de Tabatinga, Saul Bemerguy (MDB), tomou medidas extremas em busca de auxílio para combater a crescente onda de violência e tráfico de drogas que assolam o município.


Recentemente, Saul Nunes foi a Brasília para se reunir com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e entregou um ofício que detalha a situação de “guerra” enfrentada pela cidade.

O documento é um verdadeiro pedido de socorro em meio à complexa realidade vivenciada pelos habitantes de Tabatinga. Segundo o relatório apresentado ao ministro, a cidade enfrenta graves problemas decorrentes do tráfico de drogas e da migração ilegal, que é uma das rotas mais utilizadas na região amazônica.

A situação é ainda agravada pela redução no efetivo policial, falta de recursos e ausência de políticas públicas efetivas.

A cidade de aproximadamente 66.764 habitantes tem sofrido com altas taxas de homicídio, migração internacional ilegal e enfrenta desafios na gestão da segurança pública e direitos humanos. No primeiro semestre de 2023, Tabatinga registrou 46 homicídios, um número alarmante que preocupa as autoridades e a população local.


O comércio ilegal de drogas é uma das principais atividades criminosas na região, e a cidade é vista como um corredor para negociações ilícitas, o que tem atraído grupos armados e organizações criminosas, resultando em um cenário de violência extrema.


Além disso, a migração ilegal, principalmente da Colômbia e Peru, tem sobrecarregado os serviços sociais e a administração municipal, uma vez que muitos migrantes chegam à cidade sem documentos de identificação, gerando impactos negativos na gestão da segurança, cidadania e direitos humanos.

Indígenas

O prefeito Saul Nunes também destacou os problemas enfrentados pelos jovens indígenas da região, incluindo violência, uso de drogas e alcoolismo, que resultam em crimes como roubos e furtos na cidade.

A falta de alternativas para a juventude local é uma preocupação adicional. Diante dessa situação crítica, o ministro Flávio Dino acordou em realizar uma reunião técnica no dia 18 de agosto em Manaus, reunindo membros do Ministério da Justiça e Segurança Pública e os prefeitos dos nove municípios que compõem o G-9 do Alto Solimões. O objetivo é buscar soluções para enfrentar o problema de forma conjunta e coordenada.

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